cidadania
30 abr - 2024
Letramento racial em instituições corporativas é foco da parceria entre o Instituto Cidadania Cabanellos e a Escola da AJURIS
Uma parceria na execução de programas e projetos com o objetivo de propiciar maior inclusão social das pessoas autodeclaradas pretas, pardas e indígenas é o principal foco do convênio assinado na tarde desta terça-feira, dia 30/4, pelas direções da Escola Superior da Magistratura do Estado do RS – ESM/AJURIS, da Associação dos Juízes do RS – AJURIS e do Instituto Cidadania Cabanellos – ICC.
Entre as ações a serem desenvolvidas estão palestras, com parcerias com institutos e universidades, e a realização do curso de letramento racial destinado a instituições públicas e privadas. A proposta do curso é de fazer com que seus participantes compreendam, analisem e interpretem criticamente questões relacionadas à raça a fim de estabelecer novos padrões de comportamento que sejam verdadeiramente inclusivos e que promovam a equidade.
A diretora da Escola da AJURIS afirmou que a iniciativa pode ajudar a desenvolver habilidades para reconhecer de forma sensível e eficaz as questões sociais no ambiente de trabalho, melhorar as relações interpessoais e promover uma cultura de respeito mútuo e compreensão. “A Escola da AJURIS tem compromisso com os valores de justiça social e equidade. Integrar um programa de letramento racial ajuda a fortalecer isso. No curso, com profissionais de empresas e práticas sustentáveis, nós pretendemos contribuir para promoção, inclusão e diversidade dentro dessas organizações, podendo levar também ambientes de trabalho mais acolhedores e equitativos para os funcionários de todas as origens raciais”, destacou.
O presidente da AJURIS, Cristiano Vilhalba Flores, lembrou que a Associação e a Escola sempre buscaram liderar a adoção de projetos de ações afirmativas. “Como faz parte de sua história de 80 anos, a AJURIS e a nossa Escola sempre buscaram liderar a adoção de ações afirmativas que visam uma harmonia social, nesse caso com uma parceria que nos honra muito, que é o Instituto Cidadania Cabanellos. Quando falamos de inclusão, falamos de criarmos um ambiente onde haja consciência da sociedade para os recorrentes problemas enfrentados pela população preta, parda e indígena e de somarmos esforços para combater e eliminar essas diferenças”, considerou.
Também signatário da parceria, o presidente do Instituto Cidadania Cabanellos, Luiz Henrique Cabanellos Schuh, falou do pacto social do projeto. “O Instituto Cidadania Cabanellos firmou no dia de hoje um importante Termo de Cooperação com a Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul – AJURIS e com a Escola Superior da Magistratura do Estado do Rio Grande do Sul, com o propósito de cooperar na execução de ações educacionais e de conscientização com vistas a disseminar maior conhecimento das questões raciais. Essa parceria que firmamos com AJURIS e com a Escola da Magistratura é motivo de muita alegria e de muita honra para nós. Uma oportunidade ímpar para reafirmarmos os valores e propósitos do Instituto, no estímulo do comportamento cidadão, ético e socialmente responsável, orientando as empresas e organizações para trabalhar a mudança de cultura das pessoas, desenvolvendo os valores que fundamentam e sustentam visões, atitudes e comportamentos condizentes com uma sociedade igualitária e sustentável. Nosso papel, nessa cooperação, é estendermos à iniciativa privada as boas práticas materializadas neste pioneiro e relevante Curso de Letramento Racial”, afirmou.
Em fevereiro, de forma pioneira no país, a Escola da Magistratura assinou Memorando de Entendimento com o Conselho Nacional de Justiça – CNJ para colaborar com o Programa CNJ de Ação Afirmativa. Nesse sentido, o programa também atende os objetivos de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas – ONU, que requer a implantação de programa de inclusão social no combate a todo tipo de discriminação.
A assinatura do convênio contou com a presença da diretora do Departamento de Direitos Humanos da AJURIS, Rosana Garbin, do ex-diretor da ESM/AJURIS, Jayme Weingartner Neto e da juíza-auxiliar do CNJ, Karen Luise Vilanova Batista de Souza.